Onça-pintada é resgatada após ser alvejada com mais de 30 chumbinhos no Rio Negro

Uma onça-pintada foi resgatada na tarde da última quarta-feira (1º/10) após ser encontrada nadando, aparentemente desnorteada e sem forças, no Rio Negro, nas proximidades da Praia da Ponta Negra, zona Oeste de Manaus. As primeiras imagens foram registradas por passageiros de uma embarcação que passava pelo local no momento em que o animal tentava atravessar o rio.

A operação foi liderada pela Secretaria de Estado de Proteção e Bem-Estar Animal (Sepet-AM), que coordenou uma força-tarefa envolvendo o Batalhão de Policiamento Ambiental, o Laboratório de Internações de Fauna e Floresta da Universidade Federal do Amazonas (Laiff/Ufam) e a Equipe Pet da pasta. Após o resgate, o animal foi encaminhado para uma clínica especializada, onde recebeu os primeiros cuidados, sendo posteriormente transferido para um local adequado de repouso e tratamento.

Segundo a secretária de Estado de Proteção Animal, Joana Darc, tratava-se de um macho que apresentava ferimentos graves. Exames realizados pela equipe veterinária revelaram que a onça havia sido alvejada com arma de caça carregada com chumbinhos, que atingiram principalmente o rosto e o crânio do animal, resultando na perda de alguns dentes. Mais de 30 projéteis foram identificados no felino.

A secretária destacou a complexidade da operação e o trabalho conjunto das equipes. “A onça estava bastante machucada, com edemas nos olhos e nas orelhas. O resgate contou com a atuação essencial do Batalhão de Policiamento Ambiental e da Sepet-AM. Em seguida, iniciamos um trabalho multidisciplinar com veterinários, biólogos, anestesistas e o apoio do Instituto Laiff, especialistas em onças-pintadas. Agora, essa riqueza da nossa Amazônia está em um local seguro para continuar o tratamento e, se possível, retornar à natureza”, afirmou.

A Sepet-AM reforça que a caça de animais silvestres no Brasil é crime ambiental previsto no Art. 29 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/98), que estabelece pena de detenção de seis meses a um ano e multa para quem matar, perseguir, caçar ou apanhar espécies da fauna silvestre sem autorização.


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