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Pitbull desnutrido é resgatado comendo outro cão morto em casa abandonada em Manaus
SEPET, Batalhão Ambiental e Polícias Civil e Militar resgatam cão vítima de maus-tratos
A Secretaria de Estado de Proteção Animal (SEPET), em ação conjunta com o Batalhão Ambiental da Polícia Militar e a Polícia Civil, resgatou nesta terça-feira (25) um cão da raça pitbull em situação de extremo maus-tratos no bairro Cidade de Deus, zona norte de Manaus.
O resgate ocorreu após denúncia de comunitários, que informaram que o animal, em estado de abandono e desnutrição severa, estaria se alimentando de outro cão que havia morrido no local, por instinto de sobrevivência.
A cena chocou a equipe de resgate e evidenciou o grau de sofrimento a que o animal estava submetido.
De acordo com a legislação vigente, maus-tratos contra animais é crime, conforme o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), com pena de 2 a 5 anos de reclusão, multa e proibição da guarda, quando se tratar de cães e gatos, conforme alteração da Lei nº 14.064/2020.
O animal foi imediatamente resgatado, recebeu os primeiros cuidados veterinários e foi encaminhado a local seguro para tratamento.
No local do crime não foram encontradas pessoas, mas a perícia foi realizada e o boletim de ocorrência formalizado. Agora a delegacia especializada em crimes contra o meio ambiente prosseguirá com a investigação.
A SEPET reforça que casos de maus-tratos devem ser formalizados em boletim de ocorrência para que o autor do crime responda judicialmente.
Para a Secretária titular da pasta, Leda Maia, o apoio da polícia, dos comunitários e da comissão de proteção animal da ALEAM foi fundamental para o sucesso da ação.
O animal segue em tratamento e depois será disponibilizado para adoção.
A secretária destacou ainda a importância da divulgação das adoções para equilibrar a demanda dos resgates.
O caso foi registrado na Delegacia Especializada em Crimes Contra o Meio Ambiente e Urbanismo (Dema). Em nota, a Polícia Civil informou que as investigações seguem em andamento e que, no momento, não é possível repassar mais informações para não comprometer os trabalhos policiais.